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Espaço EVOA Lezíria do Tejo

O espaço EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, localizado na Margem Sul do Rui Tejo, com acesso a partir da saída da Ponte de Vila França de Xira na EN 10 é um projeto apoiado pela ABLGVFX – Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira , Aquaves , a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a Companhia das Lizírias, a Reserva Natural do Estuário do Tejo  e a  LPN_ Liga de Proteção da Natureza

Trata-se dum espaço de visita e de interpretação da natureza (na sua componente de observação de aves), para observadores de aves, amantes de fotografia, escolas e famílias em passeio de fim-de semana.  Tem uma entrada paga, através da qual se têm acesso a um conjunto de facilidade disponíveis na casa. Espaço expositivo e auditório, loja e bar. Através da compra de bilhete acede-se ao espaço natural, que dispõe de um circuito com cerca de 5 km, percorrendo vários a zona lagunar. O espaço de observação dispões de casa abrigo. 

Os conteúdos expositivos são os clássicos deste tipo de centro de interpretação, com várias explicações sobre a importância da conservação da avifauna, no mundo e no estuário do Tejo. 

A ABLGVFX foi constituída em 1991, substituindo a Associação de Defesa da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, criada em 1947.

A AQUAAVES é uma associação ambiental par Conservação e Gestão de Ambientes Naturais, foi fundada em 1992 com o intuito de proteger os diversos habitats.

O Município de Vila Franca é um município estuarino, ocupando uma vasta área do rio incluindo os três do seus maiores  Mouchões: Lombo do Tejo, Alhandra e Póvoa. O

Companhia das Lezírias, é uma  das maiores companhia agrícolas,com uma área de cerca de 17,5 mil ha divididos dois núcleos: a  Charneca do Infantado (Benavente); e  a Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. Deste último, onde se localiza o espaço EVOA (com cerca de 11 ha) tem uma  área incluída na Reserva Natural do Estuário do Tejo. Trata-se duma unidade agrícola que desenvolve atividades produtivas por pastagens biológicas, canteiros de arroz, sapais, valas, e uma atividade turística.

A Reserva Natural do Estuário do Tejo  é desde 1976 uma área de paisagem protegida  zona mais a montante do estuário com uma de 14.200 ha. Integra um importante conjunto de habitats naturais de aves migradoras, ´~

A LPN é a mais antiga associação ambiental (desde 1948)  é uma organização não governamental de ambiente (ONGA). Temo como missão  contribuir para a Conservação da Natureza e para a defesa do Ambiente, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável, que assegure a qualidade de vida às gerações presentes e vindouras. Tem como actividade  desenvolvimento de ações de educação para  o património ambiental,  projetos de Conservação da Natureza; e actividade de sensibilização da opinião publica

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Perfis de Políticas Culturais

Da publicação constante em Cultural Polices

Sobre Portugal o Relatório afirma que há 4 períodos no desenvolvimento das políticas culturais públicas em Portugal, desde o pós-guerra. 

Até 1974, o regime autoritário e a censura limitava o acesso à cultura, sobretudo a influências vindas do exterior. Por isso a “política cultural” estava muito limitada a “Instituo de Alta Cultura” com actividades para as elites.  A cultura popular, que tinha sido desenvolvida pelas políticas culturais de António Ferro, que assim acabam por constitui a sua componente mais expressiva, mantêm-se até 1974. A parti dos anos 65 a Fundação Gulbenkian desenvolve uma política de intervenção cultural, a partir do Complexo Museu/Fundação/Jardim 

Apenas após 1974, com a consignação em texto constitucional do Direito à Cultura, que estabelece uma moderna grelha de direitos e deveres, alinhado com as recomendações da UNESCO à época. Ganhou então relevância o princípio da “Democratização da Cultura” consignando 5 direitos: 

  • o direito à criação cultural;
  • o direito à fruição cultural;
  • o direito à participação cultural, na formulação das políticas públicas;
  • os direitos de autor, e
  • o direito à fruição do património cultural

(Constituição da Republica artº 73º)

Os anos após 1974 até 1976 forma muito intensos na produção e desenvolvimento de atividade culturais, muitas delas espontâneas e com pouca organização coletiva.

O primeiro ministério da cultura surge em 1997 .

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Arqueologia Socialmente Útil

A questão da arqueologia publica ao serviço da sociedade tem vindo a ser debatida em diversos lugares, em particular como ferramenta de processos museológicos. Processo que se formam em contextos de parques arqueológicos, onde a comunidade é mobilizada para contar as suas histórias e convidada a participar nos trabalhos arqueológicos.

Os informantes locais são sempre uma boa fonte de informação para os arqueólogos que não conhecem a topografia dos territórios, nem as memórias a eles associados. São ferramentas de completam os processos científicos. 

Noutros lugares, como por exemplo na Irlanda do Norte, em Causuay, a arqueologia é usada para trabalhar as memórias dos conflitos locais, entre católicos e protestantes. Trata-se de uma ferramenta que usa a arqueologia como instrumento para resolução de conflitos. Nesta experiência, na Irlanda do Norte, marcada pelo conflito entre independentista e lealistas, a memórias conflitual é marcada por narrativas identitárias, que ao longo do século XX dividiram os espaço social. Residências de católicos e bares de católicos dum lado da rua. Do outro lado da rua protestantes. 

Noutra altura falaremos desta questão. o que a arqueologia chamou a atenção, é que no século XVII, quando se processa a colonização (no Irlanda chama-se Plantação) dos e escoceses, na vida urbana não  há segregação entre colonos e locais. A descoberta dessa evidência arqueológica leva os participantes da comunidade a procurarem os momentos em que a separação ou segregação se torna dominante. 

Através desse reconhecimento é possível reconstruir o futuro. A arqueologia pública tem esse mérito.

Em Portugal o trabalho de Manuel Calado dá-nos uma prespetiva dessa história com o livro “Arqueologia Pública em Portugal Balanço de Um Século,  in iN: Património arqueológico e cultura indígena. – Teresina, cop. 2011, p. 109-120. ISSN 978-989-8300-31-7.

 

Esta série de filmes disponíveis do Youtube dá conta duma Experiência no Parque argentino de La Puna 

https://youtu.be/bUS7IWxMyCE

https://youtu.be/Bqo-2d5jkFA

https://youtu.be/ieirG7aVoTw

https://youtu.be/aDs7QigJLYE

https://youtu.be/-G0C2vIk4jQ

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Walter D. Mignolo “Ativar os arquivos, descentralizar as musas”

Sobre a questão da decolnonialidade nos museus, este artigo de Walter Mignolo apresenta uma interesante abordagem de dois museus de Doa no Katar e de Singapura, procurando demonstrar a inversão na relação com objetos de arte que o crescimento económico possibilita. Embora não aborde as interessantes questões colocadas por uma museologia “mais popular” desenvolvida pelos movimentos sociais, quando se apropriam das ferramentas da museologia social, é um trabalho com uma abordagem relevante para trabalhar a decolonialidade.

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Walter D. Mignolo  “Activar los archivos, descentralizar a las musas”

El Museo de Arte Islámico de Doha y el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur – Colofón

Sobre el autor

 Walter Mignolo (1941, Córdoba, Argentina) es semiólogo y profesor de literatura en la Universidad de Duke, en Estados Unidos. Ha publicado numerosos trabajos sobre semiótica y teoría literaria. Entre sus aportaciones más importantes se encuentra la producción de categorías de análisis como “diferencia colonial”, “pensamiento fronterizo”, “colonialidad del ser” y la idea de “hemisferio occidental/el atlántico norte”.

En Activar los archivos, descentralizar a las musas Mignolo hace una lectura del Museo de Arte Islámico (Doha) y del Museo de las Civilizaciones Asiáticas (Singapur), buscando descolonizar la historia única de los museos occidentales y mostrando de qué modo funciona la desoccidentalización. El autor recurre a la historia decolonial de los museos occidentales a través de la apropiación del modelo museístico en el Sur y el Oriente globales.

Este Quadern portàtil se publica con motivo del seminário “El descontento y la promesa. Colonialidad, modernidad y epistemologias descoloniales” impartido por Walter Mignolo en el contexto del PEI (Programa de estudios independientes) del MACBA, en junio de 2014.

Quaderns portàtils

Quaderns portàtils portàtils (Cuadernos portátiles) es una línea de publicaciones de distribución gratuita a través de Internet. Los textos provienen, en general, de conferencias y seminarios que han tenido lugar en el MACBA; pero también pueden encontrarse textos publicados anteriormente en catálogos de exposición u otros soportes.

Este y otros números de la colección Quaderns portàtils están disponibles en la web del Museo tanto en formato PDF como ePUB. “Activar los archivos, descentralizar a las musas”

Walter Mignolo ISSN: 1886-5259- © del texto Walter Mignolo

Traducción de Fernando Quincoces

Diseñado por Cosmic <www.cosmic.es>

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I

«El peligro de una sola historia» es una conocida conferencia de la escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie en la que habla de las historias y del modo en que las historias son importantes. La idea central de Adichie es que cuando se lanza al domínio público una historia única, esta se convierte en hegemónica. El poder de una sola historia es que puede hacernos creer que el mundo es como lo cuenta tal historia, sin poner en cuestión a los autores que construyen el relato. Es la clase de historia que trasciende la condición de «relato de ficción» y se convierte en ontología (o, dicho llanamente, en «realidad»). Si comienzo con esta referencia a Adichie un ensayo centrado en el Museo de Arte Islámico de Doha y en el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur es porque examinaré el museo como historia y como espacio de narración.[1]

Es importante contemplar aquí la historia particular del museo en cuanto que construcción occidental y señalar cómo modernidad y tradición son conceptos propios de unos relatos europeos. La idea y concepto de «modernidad» es un buen ejemplo de una historia única que durante mucho tiempo ha tenido la potestad de denigrar y reprobar todo aquello que fuese «no moderno» en opinión de los actores e instituciones que definen qué es o qué debe ser la modernidad. Al mismo tiempo también debemos tener presente que los relatos europeos de la modernidad se edificaron en oposición a la tradición. «La tradición» no es un momento ontológico de la historia humana. Cuando se piensa en diversos museos del mundo occidental, como el Museo Británico, podría sostenerse que existe, o bien una «tradición» europea (la Antigüedad griega y la Edad Media latina, por ejemplo) o bien muchas «tradiciones» originarias de sociedades no europeas que a menudo son vistas —y descritas— desde perspectivas europeas.

En esos museos la representación occidental de culturas diferentes a la suya ha sido una cuestión controvertida a la hora de pensar la institución. Sin embargo, a finales del siglo xx y en los albores del xxi el auge económico de Asia Oriental y del Cercano Oriente há 7generado confianza y un exuberante auge urbano. Cuando se visita Shanghái o Doha salta a la vista que según los relatos europeos de modernidad, esa modernidad ha dejado de estar en Europa. Desde Hong Kong, Shanghái y Singapur hasta París, Londres o Berlín es evidente que Europa se ha convertido en la «tradición» de su propio concepto de modernidad y que Doha y Kuala Lumpur son hoy lo que en la segunda mitad del siglo xix fue Manchester.

Desde esa perspectiva, este ensayo tratará de explorar el surgimiento de un orden mundial multipolar y de desentrañar las múltiples historias desde el periodo de occidentalización, imperialismo, colonización y hegemonía de Occidente hasta la era de desoccidentalización y decolonialidad. Señalaré de qué modo el modelo occidental de museo está siendo apropiado y utilizado para el resurgir y recuperación de unas historias de civilización que el mismo modelo ahora empleado había descalificado y anexionado.[2]2

En mi lectura del Museo de Arte Islámico y del Museo de las Civilizaciones Asiáticas seguiré los pasos de Adichie; en este caso, buscando descolonizar la historia única de los museos occidentales y mostrando de qué modo funciona la desoccidentalización.[3]3 Mi argumento recorrerá, pues, la historia decolonial de los museos occidentales a través de la apropiación del modelo museístico en el Sur y el Oriente globales.

II

El vocablo griego museion significa «lugar de estudio» y pasó al latín como museum, es decir, biblioteca o lugar de estudio. La voz deriva de la palabra griega «musa», que designaba a las siete hijas (las siete musas) de Mnemósine, diosa de la memoria.

Esta especie de reverencia hacia el espacio del museo como lugar de saber fue decisiva para construir el perfil y la identidad de la civilización occidental tal como hoy la conocemos. Los museos fueron los lugares donde se implantó, organizó y mostró el archivo occidental: unas casas de conocimiento. Los museos occidentales fueron asimismo el lugar donde coleccionar y clasificar los artefactos del mundo no europeo. Se coleccionaron artilugios, pero no la memoria de los pueblos a los que se les había sustraído mediante pillaje o compra. De ese modo los museos, a medida que evolucionaban en el mundo modernizador de Occidente, constituyeron el archivo de la civilización occidental pero no pudieron dar vida a los archivos del resto del mundo. En ese sentido el museo solo pudo reunir artefactos representativos de «otras» memorias, pero no activar las memorias culturales de los dueños y autores de estas, contenidas en esos artilugios arrancados y desplazados de su entorno.

El magnífico edificio del Museo de Arte Islámico de Doha se distingue desde lejos por sus muros, semejantes a una fortaleza, cuyo color se funde con la arena del desierto a la vez que la resalta. Su forma la crean una serie de líneas nítidas y angulares producidas por un conjunto de cubos que componen la figura de pirámide fragmentada de la construcción. Levantado sobre una península, el edificio está rodeado de agua, y desde el interior del museo el visitante puede admirar por los enormes ventanales acristalados la deslumbrante arquitectura de Doha y el cúmulo de rascacielos del centro urbano. Desde él los barcos parecen juguetes de niños y los helicópteros mosquitos.

Llegados aquí, una mente crítica e inquisitiva podría preguntarse de qué modo un museo diseñado por un equipo bajo la dirección del arquitecto chino-estadounidense I.M. Pei[4] y por el diseñador de interiores francés Jean-Michel Wilmotte puede entenderse como un acto de desoccidentalización.[5] En este punto se plantean varias cuestiones: ¿cómo podemos pensar que un museo que reproduce la idea del museo occidental sea un proyecto desoccidentalizador? Y más aún: ¿cómo ignorar el reproche de que ese proyecto no es sino un alarde fastuoso del capitalismo árabe, que se ha apropiado del arte islámico para proyectar una imagen exaltada del Estado?

Son interrogantes legítimas cuya respuesta podría ser esta: igual que el museo fue una institución crucial que edificó la idea y la imagen de los estados capitalistas occidentales y de su civilización, así también el museo como institución está siendo apropiado y manejado fuera de Occidente para infundir vida a unos archivos, memorias e identidades hasta ahora borrados.

En muchos sentidos podría afirmarse que el proceso de desoccidentalización se halla en un punto sin retorno y que además se está construyendo sobre una reversión muy trabada. No es, sin embargo, una cuestión de oposiciones binarias, sino de unos diferenciales de poder interrelacionados. Cuando los grandes museos occidentales se levantaron reuniendo artefactos de todo el orbe, el resto del mundo era coleccionado y «representado» en Londres, Berlín o París. En ese aspecto, en el mundo no ocidental no existen museos etnográficos y etnológicos equivalentes, porque las culturas europeas y angloamericanas no son objeto de estudio de los antropólogos del Sudeste asiático o del Cercano Oriente, por ejemplo. El «conocimiento» residía entonces en la «civilización occidental» y la «cultura» en el resto del mundo.[6]

Pero en el mundo no occidental parece darse hoy una tendencia a coleccionar no ya artilugios etnográficos occidentales, sino más bien obras maestras del arte moderno y contemporáneo y también «mentes». La mayoría de las veces estas mentes son las personas empleadas para llevar a cabo un determinado diseño de intervención global: un ejemplo serían los arquitectos y diseñadores de interiores occidentales contratados para elaborar grandes proyectos museísticos siguiendo una visión local (así los encargos a Pei y Wilmotte del Museo de Arte Islámico de Doha) o la invitación a comisarios extranjeros para asesorar en lo que esencialmente es un comercio de conocimientos de una cultura a otra (como Yuko Hasegawa al comisariar la 11ª Bienal de Sharjah). En todos los casos, no obstante, a esas «mentes culturales» se las contrata y paga para que hagan lo que se les pide.

Está claro que el Museo de Arte Islámico es un potente mensaje, cuestionable para algunos y digno de elogio para otros, pero sin asomo de duda un mensaje. Los recelos en torno al museo nacen, sin embargo, de unas premisas muy discutibles. No hace falta ser un defensor del proyecto ni un discípulo de Sherlock Holmes para darse cuenta de lo endeble de esos presupuestos críticos. Uno de tales supuestos es que el Museo de Arte Islámico es un alarde espectacular hecho posible por la increíble liquidez de que actualmente dispone Catar. No olvidemos aquí las inversiones realizadas por el país tanto en el desarrollo de sus propias instituciones culturales estatales como las hechas a escala internacional, desde el patrocinio de una gran retrospectiva de Damien Hirst en la Tate Modern, después exhibida en 2013 en la Qatar Museums Authority, hasta la adquisición en subasta de importantes obras del arte occidental.

En el caso de Catar, aunque las inversiones financieras en arte contemporáneo se antojen un derroche a los ojos (¿celosos?) de Occidente, no resultan tan extravagantes ni ostentosas como parecen si las ponemos en perspectiva. Deberíamos tal vez recordar los despilfarros cometidos en el siglo xvii, cuando las 70.000 piezas colecionadas por sir Hans Sloane sirvieron para fundar el Museo Británico,[7] por no mencionar las monarquías hereditarias que erigieron el Louvre de París.[8] Llenar el Museo Británico y el Louvre fue, en sus respectivas épocas, prerrogativa de reyes. Así pues, si se piensa de qué forma las monarquías británica y francesa construyeron su imagen de poder, riqueza y gusto a través de sus colecciones de arte y de sus museos, ¿qué hay de malo en que hoy las monarquías de Catar y Emiratos Árabes construyan museos por idénticas razones?

Pero desde luego es imposible ignorar la rapidez con que en el siglo xxi han ido creciendo los museos y colecciones culturales fuera de Occidente. Compárense los presupuestos anuales de 32 millones de dólares del Museum of Modern Art de Nueva York o los 30 millones del Metropolitan Museum con el presupuesto del Museo de Arte Islámico de Doha, que es de 1.000 millones de dólares al año. Esa fantástica cifra le permitió a la jequesa Sheikha al-Mayassa bint Hamad bin Khalifa al-Thani desembolsar 250 millones de dólares en 2012 por los Jugadores de cartas (1890-1895) de Cézanne, unas cuatro veces los presupuestos conjuntos de los dos museos neoyorquinos mencionados.[9] La jequesa Al-Massaya, hermana del recién nombrado emir de Catar, preside la Qatar Museums Authority (QMA), que supervisa la gestión del Museo de Arte Islámico (MIA, Museum of Islamic Art); el Museo Árabe de Arte Moderno (Mathaf), y el todavía en construcción Museo Nacional de Catar (National Museum of Qatar, NMoQ). Disfruta de un espléndido fondo para adquisiciones de 1.000 millones de dólares al año.[10]10 ¿Por qué ese presupuesto? Bueno, en primer lugar porque la fortuna del emirato de Catar destina un pequeño porcentaje de sus ingresos anuales a la financiación de los museos y arte cataríes. Pero ¿por qué no emplear ese dinero en acabar con la pobreza o en una mejor justicia social? Es una buena pregunta, que nos podría llevar a preguntar por qué Estados Unidos tiene el mayor presupuesto militar del mundo, del cual una suma indecente, revelada hace poco, se dedica a actividades de ciberespionaje.

¿Por qué, en efecto, ese presupuesto para arte en Catar, mientras que la Unión Europea y los Estados Unidos recortan sus fondos para museos, arte y enseñanza a fin de favorecer una educación «eficiente» que prepare a los jóvenes para «competir» en el mundo competitivo del futuro? No son tiempos para el arte, sin duda. Pero la cuestión no es esa.

La cuestión es que Europa y Estados Unidos no necesitan gastar ingentes cantidades de dinero para construir sus identidades civilizatorias porque ya lo hicieron. Europa empezó a hacerlo en el Renacimiento; Estados Unidos desde comienzos del siglo xx.

Catar está respondiendo a las necesidades de los tiempos. Nos guste o no, es una visión y es una visión necesaria. En 2010 la jequesa Al-Masaya dijo en una TED Talk: «Estamos reexaminándonos a través de nuestras instituciones culturales y de nuestro desarrollo cultural.»[11] Y añadió que el arte constituye una parte muy importante de la identidad nacional. En una entrevista en The New York Times subrayó asimismo cómo el establecimiento de una institución artística también podría combatir los prejuicios occidentales respecto de las sociedades musulmanas.[12] Lo central aquí, tanto si se está de acuerdo con ello como si no, es que estos desplazamientos ideológicoculturales que están teniendo lugar en el mundo no occidental se producen en paralelo a la confianza proporcionada por las economías en auge del Asia oriental y ocidental (también llamada Oriente Medio en la terminología orientalista de Occidente). Es más, esos desplazamientos forman parte  e un movimiento más general y complejo de desoccidentalización.

Tomemos el Museo de Arte Islámico de Doha y su envidiable presupuesto de adquisición de obras de arte, así como de inversión y promoción del arte en la región. En muchos sentidos, la inversión en este caso es una manera de recobrar la sensación de orgullo en una identidad. Podría, con todo, criticarse que, dado el cada vez mayor desequilibrio global entre la riqueza y la pobreza, semejantes fondos destinados a la compra de arte como los de Catar solo hacen mucho más visible la disparidad entre ricos y pobres. No obstante, si comparamos el presupuesto de adquisiciones de la QMA con los gastos militares de Estados Unidos, que ascienden a 662.000 millones de dólares al año, tal vez nuestra perspectiva cambie. Súmese a esto que China se sitúa en el segundo puesto por gastos militares, con 162.000 millones de dólares al año sobre los 314.900 millones del total para toda Asia. Arabia Saudí figura en séptimo lugar con 57.600 millones de dólares anuales sobre los 166.000 millones por año del Cercano Oriente y Norte de África.[13]

Es natural que un musulmán pueda sentirse disgustado de que en el Louvre se exponha «arte islámico». A la inversa puede sentirse satisfecho de que en vez de en el Louvre el arte islámico se exhiba en el Museo de Arte Islámico de Doha. Pero si uno tiene cierto sentido crítico, sea o no musulmán, podrá denunciar lo que hay tras este museo: el dinero del capitalismo global en un pequeño estado no democrático gobernado por una dinastía familiar. Sin embargo en el caso de Catar la riqueza que ha ido a parar a la construcción y desarrollo del Museo de Arte Islámico proviene del mismo lugar del que procedían las «antigüedades» visibles en tres de los principales museos occidentales, el Museo Etnológico de Berlín, el Museo Británico y el Louvre: del mundo no europeo.

La única diferencia, claro está, es que en el caso de estos tres museos no fueron solo las viejas monarquías europeas las que contribuyeron al establecimiento de estas instituciones de memoria cultural. Gran parte de la riqueza y capital acumulados en los tres últimos siglos, los mismos que vieron el nacimiento y evolución de dichas instituciones, provenían además de la burguesía secular y democrática que extendió los tentáculos de la Europa imperial por todo el mundo, sobre todo a través del colonialismo de británicos y franceses, y en especial a partir de 1875 y 1878, cuando las investigaciones arqueológicas y antropológicas en el Norte de África, Cercano Oriente y Asia discurrían en paralelo a la expansión económica y política de Europa.[14]

Por ejemplo, el Louvre que conocemos hoy fue inaugurado en agosto de 1793, un año después del establecimiento de la Primera República francesa en 1792; todo un símbolo del estado-nación francés en ascenso. Pero luego daría acogida a los tesoros de arte egipcio, islámico y del Cercano Oriente «importados» y exhibidos en el museo. El edificio como tal tiene una larga historia, pero el que corresponde a su forma actual se debe a Francisco I, quien puso en marcha en 1546 un proyecto para transformar el palacio de las Tullerías con arreglo a las modas arquitectónicas y de diseño renacentistas. Bajo el reinado de Enrique II se construyeron la Sala de las Cariátides y el Pabellón del Rey, que incluía los aposentos privados del monarca.[15] El complejo sufrió de nuevo una transformación radical tras la Revolución francesa de 1789, convirtiéndose en el lugar donde se reunían los monumentos de las ciencias y las artes, es decir, en un lugar de memoria y saber: un museo. Pero para el espíritu de cualquier europeo de la época las ciencias y las artes eran evidentemente el sello distintivo de Europa y de la civilización occidental.

No debe extrañar, por tanto, que hoy la opulencia económica de Asia Occidental haya facilitado una tendencia a los resurgimientos culturales fuera del ámbito occidental.[16]

En el caso del Museo de Arte Islámico de Doha (y en general, de la QMA) observo una saludable mutación frente a la gestión imperial occidental de las culturas del mundo.

Revela un enfoque multipolar de la economía y las relaciones internacionales, y un movimiento hacia una perspectiva mundial pluriversal surgida en el campo del arte y las ideas. Los museos de artes y civilizaciones de esta envergadura han sido posibles gracias al crecimiento económico exuberante y autónomo de las regiones poscoloniales que há tenido lugar desde el final del dominio imperial occidental, y en el contexto de unos estados soberanos monárquicos de reciente creación. Es un crecimiento que muchos no esperaban que se produjese, sobre todo sin la ayuda de instituciones occidentales. Ahora bien, lo que está sucediendo no es simplemente una imitación de la occidentalización, sino la puesta en práctica de una desoccidentalización, pues los estándares culturales occidentales están siendo apropiados y adaptados a sensibilidades, necesidades y visiones locales o regionales. En el ámbito de las civilizaciones y los museos esto es unanovedad significativa.

III

Detengámonos a considerar de qué modo la historia de los museos occidentales se ha construido sobre dos premisas. La primera consistió en poner los cimientos de la identidad de la civilización occidental y en consolidar, desde el siglo xix, la cultura nacional de los tres principales estados-nación surgidos del periodo de la Ilustración: Inglaterra, Francia y Alemania. La segunda premisa consistió en definir la identidade imperial de estos tres países a través de los siguientes museos: el Museo Británico, el Museo Etnológico de Berlín y el Louvre de París.

Sir Hans Sloane (1660-1753) fue un coleccionista británico de quien se dijo que en su larga vida había reunido unos 70.000 objetos, sobre todo libros, manuscritos y antigüedades (principalmente griegas y romanas). Gracias a su colección se creó en junio de 1753 el Museo Británico como museo de historia y cultura humanas; su fundación y crecimiento coincidieron con el periodo culminante del imperialismo británico, teniendo el museo como finalidad albergar la memoria y las culturas de todo el mundo.

Pero además de pensar en los orígenes griegos de la palabra «museo» y en la fijación que el mundo occidental ha tenido respecto a sus raíces en la cultura clásica griega, la historia del museo en sí no debe quedar limitada hoy a los legados de la memoria griega.

Después de todo, las memorias son múltiples y plurales, y no todas emanan de fuentes griegas (u occidentales). Visto de esta manera, lo que hacen proyectos como el Museo de Arte Islámico y el Museo de las Civilizaciones Asiáticas es institucionalizar las memorias de sus propias civilizaciones tras haber soportado la pérdida de sus memorias culturales a causa de la pérdida de sus producciones. En este escenario es solo cuestión de tiempo que los actores e instituciones cuyas memorias han sido robadas (así definía en su propio lenguaje un ecuatoriano hablante de quechua la «colonialidad», que traducía al castellano como «memoria robada») se expandan continuando un largo viaje de recuperación.

El Museo de las Civilizaciones Asiáticas se edificó sobre las mismas premisas de construcción sobre unas memorias robadas.[17] Si cualquier persona asiática puede sentirse orgullosa o disgustada de que su memoria se exponga en el Museo Etnológico de Berlín o en el Museo Británico, la historia sería diferente si las columnas y restos de las civilizaciones de Asia se coleccionasen, recuperasen y reconstruyesen en Asia y no en Europa. Si ustedes tienen sentido crítico podrán esgrimir el argumento de que también Singapur es un país capitalista y de que su democracia deja bastante que desear. Si tales son sus razones, les invitaría a pensar asimismo en las deficientes democracias de aquellos estados-nación que construyeron los famosos museos de Londres, Berlín y París antes mencionados: se crearon no solo acumulando y glorificando su propio pasado, sino también comprando y saqueando las memorias de las civilizaciones no europeas.

Procediendo a revertir o recuperar ese legado, el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur construye y activa el archivo de la civilización occidental, tanto en la parte relativa a la acumulación de significado como en la de la acumulación de dinero, dos dimensiones complementarias de la expansión imperial europea. Como reflejo físico de esta idea, para construir el museo el Estado de Singapur no contrató a arquitectos radicados en Occidente, sino que reutilizó el edificio antes ocupado por la administración británica —el recientemente restaurado Empress Place Building[18]—, o lo que es lo mismo, las oficinas originales del gobierno de la época colonial. Esto significa que el museo, en el contexto de su ubicación, asume y supera las herencias coloniales británicas.[19] Al apropiarse el Estado de Singapur del edificio que guarda la memoria del Imperio Británico y al trasladar a él las memorias de las civilizaciones asiáticas, reconoce y afecta a aquellas memorias coloniales que igualmente son parte de las memorias culturales de Singapur. Pero no es una cuestión de «memorias robadas» a la inversa, comparando lo que hicieron los museos europeos. Se trata más bien de la recuperación, para el relato histórico de Asia, de precisamente esas memorias robadas, en lugar de que «te cuenten» el relato único y absoluto de las civilizaciones europeas que se halla encerrado en los museos occidentales. El Museo de las Civilizaciones Asiáticas optó por contar él mismo la historia. Así, mientras que en los museos europeos a menudo nos enfrentamos a memorias robadas, en el caso del Museo de las Civilizaciones Asiáticas vemos cómo mediante la apropiación de un antiguo edificio colonial de Singapur una nación implanta su propio archivo.

Véase, por ejemplo, una declaración de la página web del Museo de las Civilizaciones Asiáticas en la que se explica el propósito del museo:Explorar y presentar las culturas y civilizaciones de Asia, a fin de fomentar la conciencia y estima de las culturas ancestrales de las gentes de Singapur y sus vínculos con el Sudeste Asiático y con el mundo.

Presentado como el primer museo de la región sobre la civilización panasiática, el museo dirige simultáneamente su atención hacia el estado-nación y hacia la visión panasiática. de sus fundadores.[20] Esto se subraya en documentos históricos, artefactos y literatura de los últimos 200 años, cuando los padres de Singapur fueron a asentarse allí desde muchas partes de Asia. Las culturas llevadas a Singapur por esas diferentes gentes son antiguas, refinadas y complejas y es en última instancia este aspecto de la historia de Singapur el punto fuerte del Museo de las Civilizaciones Asiáticas. Su colección se centra por ello en las culturas materiales de los diferentes grupos provenientes de China, el Sudeste Asiático, Sur de Asia y Asia Occidental.

Los conservadores de la colección permanente del Museo de las Civilizaciones Asiáticas no se olvidan ciertamente del pasado británico de la historia de Singapur (los británicos se asentaron en la isla en 1819) ni tampoco de la invasión japonesa durante la Segunda Guerra Mundial. La colección permanente reúne primorosas figuras de porcelana china de Dehua, caligrafías y un santuario decorativo del budismo y el taoísmo. La muestra incluye además esculturas en bronce de Uma —cónyuge de Shiva-Somaskanda— de la dinastía Chola, procedentes del Sur de Asia. Del Sudeste Asiático la colección permanente despliega un amplio abanico de material tecnológico, como son templos javaneses, oro y tejidos de Peranakan, esculturas jemeres, etc. También hay espácios para exposiciones temporales que complementan y amplían esa colección permanente activando el archivo de civilizaciones asiáticas que alberga.

Pero naturalmente el Museo de las Civilizaciones Asiáticas no es un museo «nacional»; es un museo de civilizaciones[21]. Podría entenderse como tal y ser asimilado, por consiguiente, a otros museos del «Tercer Mundo» creados para honrar determinadas memorias nacionales, como el Museo Nacional de Antropología de Ciudad de México.

Este es un museo que ha recibido grandes alabanzas por su monumentalidad y celebración de la civilización azteca. Pero sobre él también han recaído duras críticas por haberse adueñado de una civilización a la que no pertenecía ninguno de los promotores estatales de su construcción; ninguno era de ascendencia azteca, sino de estirpe española (mayoritariamente) o mestiza. Es decir, los criollos y mestizos, la élite mexicana de origen europeo, «robaron» la memoria de la civilización azteca y la encuadraron en el relato de su nación mientras seguían marginando a los pueblos indígenas de origen azteca. Por el contrario, en Singapur los constructores del Museo de las Civilizaciones Asiáticas han sido indígenas (no de ascendencia europea como en México) tal como los forjadores del Museo Británico y el Louvre fueron gente indígena de Inglaterra y Francia.

Pero no es mi intención confrontar aquí Singapur con México. Simplemente señalo unas diferencias significativas entre el Museo de las Civilizaciones Asiáticas y el Museo Nacional de Antropología tan solo para entender de qué modo, en diferentes historias locales, la reinscripción del pasado en el presente es una cuestión de dignidad y de supervivencia cultural. Al final, la celebración de las herencias de Singapur y de Asia en el Museo de las Civilizaciones Asiáticas es una corrección necesaria de la negación histórica occidental de las «otras» civilizaciones.

IV

Hasta aquí he venido sugiriendo que tanto el Museo de Arte Islámico de Doha como el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur son dos proyectos —y habrá más, seguramente, en un futuro cercano— con unas intenciones muy claras. Una dirección apunta a la reconstrucción de unas civilizaciones, afectadas por 500 años de hegemonía epistémica, religiosa y estética, que se ubican en la periferia de la tradición grecorromana de la civilización occidental. La otra aspira a liberarse de la tirania histórica de la acumulación occidental de significado conseguida mediante el robo de las memorias contenidas en forma de artefactos de archivos. Esta afirmación mía ha debido hacer frente a determinadas críticas, alguna ya mencionada. Otra de las críticas alega que los dos museos en discusión aquí —el Museo de Arte Islámico de Doha y el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur— no son más que propaganda de Estado. Estoy de acuerdo. Son propaganda en la misma medida en que el Museo Británico, el Louvre y el Museo Etnológico de Berlín son también instrumentos de propaganda. Todos estos museos tienen dobles fines y visiones. La diferencia es que solo los museos occidentales han fracturado las memorias de las civilizaciones no occidentales privándolas de su herencia cultural e histórica.

Observando los relatos y la historia del coleccionismo de los tres museos occidentales que he mencionado en este texto, el Louvre, el Museo Etnológico de Berlín y el Museo Británico, se comprende que lo exhibido en ellos llegó a Europa a través de viajeros y de los funcionarios del imperio, quienes se aprovecharon de sus posiciones privilegiadas en las colonias. No faltan historias al respecto. Un ejemplo sería una pieza robada en Afganistán y expuesta en el Museo Británico[22]. Otro, de un museo distinto, la colección Niño Korin completa, que acabó en el Museo de Etnografía (ahora Museo de la Cultura del Mundo) de Gotemburgo, Suecia, a raíz de una visita de su entonces director, Henry Wassén, a La Paz en 1970, coincidiendo con el Congreso Internacional de Americanistas en Lima. Tras intervenir en el congreso de Perú, viajó a Bolivia, y allí vio una interessante colección en el Museo Arqueológico de La Paz. Se presume que pagó por ella 1.000 dólares. En 2009 yo participé en la redacción de un informe en  el momento en que el gobierno boliviano solicitaba la repatriación de la colección.[23] Conflictos de esta naturaleza no parecen ser un problema para el Museo de las Civilizaciones Asiáticas o el Museo de Arte Islámico, lo cual sugiere una especie de autonomía casi emancipadora en lo referente a la libertad con que estas dos instituciones construyen, o reconstruyen, su legado cultural y con él su memoria histórica.

El Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur y el Museo de Arte Islámico de Doha aplican diferentes políticas frente al «robo» de memorias occidentales. Roban la mente de un arquitecto occidental (Doha) o bien sacan partido, en Singapur, del edifício dejado por los colonizadores británicos. El diferencial de poder establecido a través de 500 años de supremacía por la civilización occidental fue al mismo tiempo el triunfo de un relato maestro que creó la ficción de la «modernidad» y la presentó como historia universal, con Europa en el centro de su avance.

Por delante está la tarea de desmontar esa ficción y reducir a su justa proporción la civilización occidental, la más reciente en la historia de la humanidad y la única que ha sido capaz de incorporar y devaluar todas las demás civilizaciones del planeta. Esa era está acabando. La desoccidentalización es un camino hacia el futuro. El Museo de Arte Islámico de Doha y el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur son dos iniciativas en esa dirección. Ambos han sido construidos sobre la globalización del capitalismo, del mismo modo que los museos europeos se erigieron sobre el auge del capitalismo europeo y la expansión imperial.

Una nota final de aviso: dadas las pujantes respuestas artísticas desde todo el Magreb y Norte de África hasta el Cercano Oriente, resultaría sencillo menospreciar los dos museos abordados en este ensayo como proyectos estatales fundados en la riqueza económica; la antítesis de cualquier clase de reivindicación popular de autonomia cultural. Es cierto que ninguno de los dos museos aquí citados surgen de una efervescencia desde la base. Sin embargo, la creación de un museo civilizacional se produce paralelamente a los combates por la autonomía (auto-nomos) económica y política. Los centros decoloniales bosquejados en este ensayo corren en paralelo, y son afines, al trabajo de base que actualmente se lleva a cabo a través de las prácticas y la gestión artísticas no solo en el Magreb, el Norte de África y Asia Oriental, sino también entre los artistas y comisarios artísticos de la «Europa negra»[24]. Esos contextos operan sobre trayectorias decoloniales y, sencillamente, los museos de civilizaciones pueden operar y operan sobre trayectorias desoccidentalizadoras.

Ahora bien, esto no es un «choque de civilizaciones». Cierto que tanto el Museo de Arte Islámico como el Museo de las Civilizaciones Asiáticas son proyectos de Estado.

Pero, lo repito, también lo son el Museo Británico, el Louvre y el Museo Etnológico de Berlín. Ninguno de ellos es un museo del pueblo, por el pueblo y para el pueblo. Todos son museos estatales con funciones a dos niveles: la primera, la mediación de la política cultural entre estados, y la segunda, educar, conforme a la visión de cada Estado, a sus nacionales, y también a extranjeros y turistas, en el relato histórico y cultural convenido propio del país. Si no conseguimos entender la desoccidentalización debido a que la desoccidentalización no dinamiza los archivos tal como estos debieran serlo, entonces podemos acabar enalteciendo las colecciones asiáticas del Museo Británico o elogiando

la colección de arte islámico del Louvre mientras que condenamos el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur y el Museo de Arte Islámico de Doha[25]. La disputa por el control y administración del ámbito cultural no debe hacernos descuidar el hecho de que la colonialidad económica estuvo tras la gestación de los museos de civilización occidentales tanto como lo está tras la creación de los museos de las civilizaciones asiática o islámica, por poner un caso.

Al mismo tiempo esto no debe confundirnos hasta hacernos pensar que todo está movido por el capitalismo (el capitalismo económico), ni que la contienda por el control del ámbito cultural es irrelevante. La desoccidentalización (los proyectos de iniciativa estatal en disputa por el control de la economía, la política y la cultura) importa incluso si la colonialidad sigue todavía presente. Con todo, el poder de las historias únicas oculta a la vista los lados más oscuros de tales historias. Por una parte los museos se hacen multipolares al situarse en paralelo al orden global económico y político multipolar.

Entre tanto, las civilizaciones no occidentales construyen sus propios museos y cuentan sus propias historias, escapando así del encierro en los contextos y colecciones del Museo Británico y el Louvre. Por otra parte, mientras que los museos del pasado se construyeron a hombros de la expansión imperial europea, hoy museos como el Museo de las Civilizaciones Asiáticas de Singapur y el Museo de Arte Islámico de Doha se construyen a hombros de la soberanía política desoccidentalizadora del capital.

[1] Mi argumentación aquí es continuación del artículo publicado en Ibraaz Platform 005 con ocasión de la 11ª Bienal de Sharjah (2013) y es respuesta a Ibraaz Platform 006.

[2] Ídem.

[3] Walter Mignolo: «How De-westernization Works», en la página web de Walter Mignolo (http://waltermignolo.com/how-dewesternizing-discourse-works/).

[4] Mark Hudson: «Museum of Islamic Art in Doha – “It’s about creating an audience for art”», The Telegraph (20 de marzo de 2013) http://www.telegraph.co.uk/culture/art/art-eatures/9943622/Museum-of-Islamic-Art-in-Doha-Itsabout-creating-an-audience-for-art.html.

[5]Clicknetherfield: «Museum Display Cases at Museum of Islamic Art Doha», videoclip online, YouTube (19 de agosto de 2010) (http://www.youtube.com/watch?v=9jL1mkq1xRg).

[6] El pillaje comenzó mucho antes de finales del siglo xviii y del siglo xix. Comenzó a finales del xvi y en el xvii en el Nuevo

[7]«Sir Hans Sloane», website del Museo Británico (http://www.britishmuseum.org/about_us/the_museums_story/sir_hans_sloane.aspx).

[8] «History of the Louvre: From Château to Museum», website del Louvre (http://www.louvre.fr/en/history-louvre).

[9] Alexandra Peers: «Qatar Purchases Cézanne’s The Card Players for More Than $250 Million, Highest Price Ever for a Work of Art», Vanity Fair (2 de febrero de 2012) http://www.vanityfair.com/culture/2012/02/qatar-buys-cezannecard-players-201202.

[10] Robin Progrebin: «Qatar Redrawing the Art Scene», Gulf News (27 de julio de 2013): «With annual acquisition budget of $1 billion a year, Shaikha Al Mayassa is creating a first class contemporary collection.»

[11]. No dudaré en decir que su TED Talk expuso brillantemente lo que significa la desoccidentalización en el terreno del arte y de Ios museos: «Sheikha Al Mayassa: Globalizing the local, localizing the global», website de TED (febrero de 2012) http://www.ted.com/talks/sheikha_al_mayassa_globalizing_the_local_localizing_the_global. 12 Robin Pogrebin: «Qatari Riches Are Buying Art World Influence», The New York Times (22 de julio de 2013) http://www.nytimes.com/2013/07/23/arts/design/qatar-uses-its-riches-to-buy-art-treasures.html?pagewanted=all&_r=0

[12]Robin Pogrebin: «Qatari Riches Are Buying Art World Influence», The New York Times (22 de julio de 2013) http:// www.nytimes.com/2013/07/23/arts/design/qatar-uses-its-riches-to-buy-art-treasures.html?pagewanted=all&_r=0.

[13]  Laicie Heely: «U.S. Defense Spending vs. Global Defense Spending», website de The Center for Arms Control and Non-Proliferation (24 de abril de 2013) http://armscontrolcenter.org/issues/securityspending/articles/2012_topline_global_defense_spending

[14] «History of the Louvre: From Château to Museum», website del Louvre (http://www.louvre.fr/en/history-louvre).

[15] Ibíd.

[16] Resurgimiento cultural» (cultural resurgence) es también un concepto clave detrás de la autoafirmación epistémica, ética y política de las First Nations/Premières nations en Canadá, Native Americans en Estados Unidos y Pueblos Originarios en América Central y del Sur. El resurgir lo hacen realidad las élites de estados ricos y también pueblos sin estado.

[17] «About Us», website del Museo de las Civilizaciones Asiáticas (http://www.acm.org.sg/the_museum/about_acm.html).

[18] «Image of the Asian Civilisations Museum building», Wikimedia (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/Asian_Civilisations_Museum_2%2C_Dec_05.jpg)

[19] Hengcc: «Asian Civilisations Museum of Singapore – Art of lacquer from China», videoclip online, YouTube (17 de junio de 2013) https://www.youtube.com/watch?v=EQ40n1u-TOg.

[20] 20 Sven Saale; Christopher W. Szpilman (eds.): Pan Asianism: A Documentary History, Volume 1: 1850-1920. Nueva York: Rowman & Littlefield Publishers, 2011.

[21] En este contexto deben mencionarse también los Museos de Civilizaciones Islámicas de Doha y Sharjah. Ambos contribuyen a modificar la política de geografías culturales de un mundo multipolar conectado por un tipo común de economía, el capitalismo

[22] “Beautiful and priceless” ancient treasures stolen from Afghanistan on show at British Museum», The Daily Mail, (2 de marzo de 2011) http://www.dailymail.co.uk/news/article-1362168/British-Museum-display-millennia-old-lootedtreasures-Afghanistan-recovered-London-art-dealer.html.

[23] W.D. Mignolo: «Preface to the Report on Niño Korin Collection», Adriana Muñoz (ed.): The Power of Labelling. Report to the Museum of World Culture. Gotemburgo: Museum of World Culture, 2009.

[24]  Alanna Lockward: «Black Europe Body Politics: Towards an Afropean Decolonial Aesthetics», Social Text: Periscope (15 de julio de 2013) http://socialtextjournal.org/periscope_article/black-europe-body-politics-towards-an-afropeandecolonial-aesthetics/.

[25] Hay abundante información sobre las inaceptables condiciones de trabajo de los obreros que en Catar construyen las infraestructuras de la Copa del Mundo de 2022. Tampoco es difícil encontrar críticos de la política y la economía de Singapur. Quienes estamos comprometidos con la justicia y la equidad universales no debemos olvidar estas realidades ocultas tras el esplendor de los museos. Pero tampoco debemos olvidar de qué manera se construyeron los museos del pasado en Francia e Inglaterra. Sobre el Museo Británico, véase Graham MacPhee: «British Colonial Archives Finally Released», Counterpunch, núm. 20-22 (abril de 2012) http://www.counterpunch.org/2012/04/20/secret-britishcolonial-archive-finally-released/

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Catherine Walsh e a Pedagogia Decolonial

Catherine Walsh é conhecida como pedagoga da decolonialidade.

O pensamento e a prática de Decolonialidade questiona a centralidade do pensamento hegemónico eurocêntrico (modernismo, pós-modernismo, teoria crítica, Estudos Pós-coloniais)  e inicia uma crítica ao pensamento hegemónico de matriz eurocentrico enfrentando o desafio de pensar a parti de outros sujeitos, de outros lugares (margens e fronteiras)  e outras concepções do mundo.

Questiona os neomarxistas (ecosocialismo)  e os limite do pós-modernismo ancorado na centralidade eurocêntirca.

Propões “Decolonizar” a produção intelectual a partir da sua margens e das fronteiras. Como decoloniazr o pensamento e como adicionar a contribuição dos movimentos sociais, sobretudo os movimentos indigenas e afro-descendentes. Como usar o pensamento e as práticas  para criar uma utopia decolonial com poder. 

Ver os trabalhos de Katerine Wlash onde estas questões se procuram desenvolver os conceitos de decolonialidade “On decoloniality
 
A matriz de dominação colonial aliçera-se no poder sobre os corpos e espaço. é uma relação de violência com base no racismo e no colonialismos (usurpação do espaço pela violência e delimitação da propriedade), imponfo modelo de oraganização de relações de violência (sobre o trabalho, sobre o corpo). o pensamento decolonial implica fazer com entrelaçando a teoria-prática com histórias locais de vida e perspectivas de luta. 
O dinamismo conceptual e analítico das formas decoloniais de viver e pensar, bem como a força criativa de resistência e re-existência, implicam uma desvinculação da matriz colonial de poder e seus “universais” da modernidade ocidental e do capitalismo global, e se envolve com argumentos e lutas por dignidade e vida contra a morte, destruição e desespero civilizacional.
 

Tabalhos de Catrine Walsh 

  • Lo pedagógico y lo decolonial: Entretejiendo caminos, Querétaro, México: En cortito que’s pa’ largo, 2014.  
  • Sin garantías. Trayectorias y problemáticas en estudios culturales. Stuart Hall, E. Retrepo, C.Walsh, V. Vich (edits.), segunda edición ampliada, Popayán, Universidad de Cauca y Envión, 2014. ISBN: 978-9587-32-148-7.
  • Pedagogías decoloniales. Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I  (editora), Quito, Abya-Yala, 2013. ISBN: 978-9942-09-169-7.
  • Interculturalidad crítica y (de)colonialidad. Ensayos desde Abya Yala, Quito, Abya-Yala/Instituto Científico de Culturas Indígenas, 2012. ISBN: 978-9942-09-122-2.
  • Construyendo interculturalidad critica (con J. Viaña y L. Tapia). La Paz, Convenio Andrés Bello, 2010. ISBN: 978-99954-785-1-3.
Caterine Walsh
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Exposição Bibliográfica – Arte Museologia e Género – ISCTE

Ente 1 e 23 de Fevereiro encontra-se na Biblioteca do ISCTE em Lisboa, uma exposição subordinada ao tema “Arte, Museologia e Género” constituído por 78 títulos.

 Entre misturas de temas e assuntos redundantes, acaba por se perceber que a biblioteca não tem nada de relevante sobre a questão.

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Modelo de Apoio às Artes

Estudo Organizado por José Soares Neves

Resumo

Texto do Trabalho completo 

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Notas sobre protagonistas do debate africanista em Lisboa

A propósito das questões do Museu AfrroDigital, discutidas em Liaboa com Miryam Santos, do Museu AfroDigital do Rio, passaram alguma informações sobre o atual debate, africanistas que aqui toma o nome de “Notas sobre este debate – que espelha as minhas reflexões sobre o papel do Museu Afro-Digital”

O debate sobre as questões da herança africana em Lisboa tem sido nos últimos anos uma relação tensa e de difícil definição. Por um lado podemos dizer que emergem as questões identitárias, mais ligadas a pessoas ligadas à academia, que tem vindo a tomar iniciativas para aumentar a visibilidade da herança africana, seja no espaço público, seja nos lugares de memória. Um exemplo paradigmático desta questão poderá centrar-se em torno das discussões sobre o “Memorial da Escravatura em Lisboa”.

https://www.facebook.com/memorialescravatura/

Trata-se do projeto ganhador no orçamento participativo de Lisboa, em 2017.

O programa do museus dos descobrimentos procurou incorporar este projeto que foi rejeitado pelos seu proponentes ( sobre o musesu dos descobrimentos – ttps://observador.pt/2018/05/24/polemico-museu-dos-descobrimentos-pode-vir-a-chamar-se-a-viagem/)

Por outro lado temos a questão da afirmação da Dignidade africana, que é complexa, com um maior números de intervenientes (na plataforam SOS Racismo há uma lista interessante (https://www.sosracismo.pt/) e que passa pela denúncia do racismo na sociedade portuguesa e na prática das suas instituições (sobretudo da polícia – com uma maior descriminação da população afro descendente, da escola (o não reconhecimento da herança negra, negação do racismo dos portugueses, e na questão do acesso ao trabalho digno – acesso a empregos decentes.

Algumas evidências demonstram este racismo na sociedade portuguesa: Olhando para a população encarcerada (em prisão efetiva) verifica-se que há uma maior percentagem de população afro descendente e cigana do que “branca”. A população afro-descendente (ciganos e pobres) vivem em bairros de Habitação social ou de baixa renda. Este segregacionismo urbano pode ser observado se olharmos para a distribuição de equipamentos culturais e para os processos de ocupações do espaço público. As escolas nestas áreas tem população com baixo índice de escolaridade. Frequentemente numa entrevista de emprego os afrodescendentes têm que ocultar o nome do Bairro onde vivem, pois são muito facilmente conotados com a marginalidade e a segregação social com que esse bairros são conhecidos na opinião pública que esse bairros. E os exemplos poderão continuar em torno das questões da espiral da pobreza etc.

Estas várias associações tem vindo a manifestar-se e a exigir os seus direitos na sociedade. Estas evidências empíricas no entanto são difíceis de converter para uma análise mais aprofundada a partir dum olhar sociológico. Não é fácil estabelecer uma correlação entre a origem étnica e o racismo presente na sociedade a partir de medidas construídas sobre sucesso social criado a partir da narrativa hegemónica. Aqui cerca de vinte anos foi feito esse trabalho (http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/22539/1/ICS_JVala_Racismos_LAN.pdf).

Há quem defenda, como alguns dos atores da luta antirracista, que é necessário incluir a categoria racial como categoria de análise estatística, o que permite dar visibilidade ao fenómeno, sobretudo nas ações do Estado.

Alguns dos posicionamentos têm por base algumas análise sobre os discursos (os uso de determinados vocábulos e o sistemático esquecimento das narrativas subordinadas). Algumas destas narrativas ainda tem por base a velha querela sobre as teorias do colonialismo brando, com origem no Luso-tropicalismo.

Eu tenho vindo a constatar que existe uma ligação muito próxima entre as narrativas atuais sobre o colonialismo na sociedade portuguesa e a produção académica do “mains stream”. E isso leva-me a refletir qual o papel dos museus nessa questão. Para mim não basta denunciar os discursos. É necessário que os museus permitem construir alternativas a essas narrativas mobilizando os protagonistas-

Associações:

  • Djass: – Associação de Afrodescendentes – Beatriz Gomes Dias

https://www.facebook.com/associacao.djass/

  • Radio AfroLis – Carla Fernandes

https://radioafrolis.com/

  • SOS – Racismo Mamadou Ba

               https://www.sosracismo.pt/

  • Moinho da Juventude – Cova da Moura – LCB

http://www.moinhodajuventude.pt/index.php/socio-cultural/patrimonio-imaterial

  • Buala – blog sobre literatura e cultura africana

http://www.buala.org/pt/afroscreen

Universidades

ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa – Centro de Estudos Internacionais

  • Clara Carvalho – e Manuel João Ramos

CRIA – Rede de Investigação em Antropologia – http://cria.org.pt/wp/

  • Miguel Vale de Almeida – ativista de direitos sociais
  • Cristina Roldão – ativista feministia

Associação Portuguesa de Antropologia Https://www.facebook.com/apantropologia/?eid=ARDJByaFMx8_kYKeJ_w6NjPh5KZuCIWd90XT06rsodE5e5qqJ8cjYAhP-64bQ6nP7nMtuqHE9z5-YNm8

. Reuni Miguel Vale de Almeida, Cristiana Bastos, Fernando Florêncio (Coimbra), Carla Almeida (U. algarve) Paula Godinho Uni. Nova

ISEG – Instituo Superior de Gestão – CESA Cento de Estudos sobre Africa e o Desenvolvimento

  • Iolanda Évora

Faculdade de Letras de Lisboa

  • Inocência Mata